30 set Gomes & Takeda esteve presente no debate sobre regulamentação da plataforma Uber
Ricardo Gomes, sócio do Escritório Gomes & Takeda, esteve presente no debato promovido pela ASSESSPRO (Associação das Empresas de TI do RS) sobre a regulamentação da plataforma UBER, que ocorreu no dia 29/09/2016.
Notícia:
Porto Alegre fechada à inovação: Assespro e Uber promovem debate sobre regulamentação
É mais do que a Uber, é sobre liberdade de inovação. A Uber, agora associada à Assespro-RS (Assoc. das Empresas de TI do RS), debateu nesta manhã com a população a regulamentação do serviço. O encontro aconteceu na sede da associação e contou com a presença do gerente de Políticas Públicas da Uber, Gabriel Petrus, a parceira da empresa Karen Grace, o advogado Ricardo Gomes e, como mediador, o vice-presidente de Marketing da Assespro-RS, Alexandre Mota.
A conversa, porém, foi além da Uber, cuja regulamentação começa a ser votada nesta tarde na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. O que veio à tona no debate foi a mentalidade da capital gaúcha quanto a novos modelos de serviço na cidade. Afinal de contas, o aplicativo é só um entre os vários que têm como proposta a economia compartilhada, entre eles Cabify e Airbnb.
A proposta da prefeitura, se aprovada nos moldes atuais, não só inviabiliza a operação da Uber em Porto Alegre como abre uma série de precedentes para impedir novos serviços, investimentos e facilidades na cidade. “Não defendemos a bandeira da Uber, mas a da iniciativa inovadora”, disse Mota.
“Não se trata da Uber ou de seus concorrentes, mas de como os representantes de Porto Alegre se posicionam frente à inovação. Uma pesquisa do Datafolha em novembro de 2015 mostra que na cidade apenas 4% da população não são favoráveis ao serviço”, afirma Petrus.
Além disso, o gestor cita que existem levantamentos mostrando que em cidades onde a Uber existe as pessoas passam a usar mais o transporte público, desafogando o trânsito e gerando qualidade de vida. “Nosso principal concorrente não é o táxi ou outros, é o carro particular.”
Motoristas parceiros da empresa que participaram do evento trouxeram ao debate um dos pontos mais problemáticos da proposta: a exigência de identificação dos veículos. “Cerca de 50% dos parceiros trabalham para a Uber na busca por uma renda complementar e utilizam o carro para questões particulares, para buscar o filho na escola, para ir ao supermercado, enfim, a identificação comprometeria a segurança do motorista e dos passageiros. Na minha percepção, a atual proposta de regulamentação visa apenas à arrecadação”, declarou Karen.
Novos modelos
Para Gomes, Porto Alegre precisa começar a aceitar novos modelos, e não adaptá-los ao que já é passado. “Esse projeto de lei é uma reação que tenta pegar um serviço inovador e ajustá-lo aos moldes daqueles que já temos e que não estão funcionando devidamente. Se a prefeitura não consegue fiscalizar com rigor sequer os táxis, de que forma poderão fazer isso ainda com Uber, Cabify e outros que surgirem? Será apenas mais um dos serviços públicos que gerarão filas e burocratização e não serão o que a cidade quer e precisa”, aponta.
Outro artigo polêmico do projeto de lei exige a cobrança mensal de R$ 180 por veículo cadastrado. Se não inviabilizasse a operação, esse ponto afetaria no valor do serviço, que aumentaria significativamente para o usuário.
O encontro gerou um documento com uma série de apontamentos sobre o tema. O ofício será entregue nesta tarde à Câmera de Vereadores.
Fonte: Melissa Resch
Jornalista
AlfaBeta Comunicação Estratégica
29 de setembro de 2016